Elementos de jogo e perfis de gamificação numa aplicação em saúde : Um estudo de campo

Susana Bernardino, J. Freitas Santos, António Martins

Abstract


Objetivo: O estudo realizado pretende identificar os elementos de jogo mais valorizados por médicos e pacientes Portugueses e esboçar os respetivos perfis de personalidade, bem como avaliar a possibilidade de existência de associação entre os elementos de jogos usados numa aplicação na área da saúde e os tipos de personalidade de médicos e pacientes.

Desenho/Metodologia/Abordagem: A investigação realizada assenta no uso do método quantitativo, através de um inquérito por questionário elaborado com base no modelo Hexad User Types Scale, que foi aplicado a médicos e pacientes Portugueses.

Resultados: Os resultados obtidos permitiram concluir que os principais elementos de jogo a introduzir numa futura aplicação na área da saúde foram as Ferramentas Criativas e as Missões/Desafios, que reuniram as preferências de médicos e pacientes em Portugal. Quanto à escala usada para medir a personalidade dos utilizadores da aplicação na área da saúde, verificou-se que não era robusta para o caso Português. Por fim, foi rejeitada parcialmente a possibilidade de associação entre os tipos de personalidade dos médicos e pacientes Portugueses e os elementos de jogo a introduzir numa futura aplicação na área da saúde.

Originalidade/Valor: O acesso a conteúdos em dispositivos móveis, como smartphones, tablets, computadores e mais recentemente wearables, têm crescido de forma exponencial atingindo pessoas de todas as idades. O crescente uso de aplicações na área da saúde para aumentar a interação entre médicos e doentes passa não só pelo aumento da usabilidade das aplicações, mas também pela introdução de elementos lúdicos que potenciem o seu uso e feedback. Esta investigação traz novos contributos sobre os elementos de jogo mais valorizados na área da saúde, sobretudo no caso Português, onde os estudos empíricos são ainda escassos.


Full Text:

PDF

References


Antin, J., & Churchill, E. (2011). Badges in Social Media: A Social Psychological Perspective. In CHI 2011 Gamification Workshop Proceedings (Vancouver, BC, Canada).

Bartle, R. (1996). Hearts, clubs, diamonds, spades: Players who suit MUDs. Journal of MUD Research, 1 (1), 1-27.

Chou, Y.-K. (2015). Actionable Gamification: Beyond Points, Badges, and Leaderboards. Createspace Independent Publishing Platform.

Deterding, S., Dixon, D., Khaled, R., Nacke, L., (2011). From game design elements to gamefulness: Defining ‘gamification,’. in Proceedings of the 15th International Academic MindTrek Conference. Envisioning Future Media Environments, MindTrek 2011, New York, NY, USA, 9–15.

Deterding, S., Sicart, M., Nacke, L., O’Hara, K., & Dixon, D. (2011). Gamification. Using Game-design Elements in Non-gaming Contexts. Em CHI ’11 Extended Abstracts on Human Factors in Computing Systems (pp. 2425–2428). New York, NY, USA: ACM. https://doi.org/10.1145/1979742.1979575

Gartner. (2012). Gartner Says by 2014, 80 Percent of Current Gamified Applications Will Fail to Meet Business Objectives Primarily Due to Poor Design. Obtido 31 de Dezembro de 2017, de https://www.gartner.com/newsroom/id/2251015

Hamari, J., Koivisto, J., & Sarsa, H. (2014). Does Gamification Work? – A Literature Review of Empirical Studies on Gamification. Em 2014 47th Hawaii International Conference on System Sciences (pp. 3025–3034). https://doi.org/10.1109/HICSS.2014.377

Huang, W. H.-Y. & Soman D. (2013). Gamification of Education. Report Series: Behavioural Economics in Action, 29.

Koivisto, J., & Hamari, J. (2014). Demographic differences in perceived benefits from gamification. Computers in Human Behavior, 35, 179–188. https://doi.org/10.1016/j.chb.2014.03.007

Liu, D., Santhanam, R., & Webster, J. (2017). Toward Meaningful Engagement: A Framework for Design and Research of Gamified Information Systems. MIS Quarterly, 41(4), 1011-1-A4.

Marczewski, A. (2015). Even Ninja Monkeys Like to Play: Gamification, Game Thinking & Motivational Design. United Kingdom: Blurb.

Robson, K., Plangger, K., Kietzmann, J. H., McCarthy, I., & Pitt, L. (2015). Is it all a game? Understanding the principles of gamification. Business Horizons, 58(4), 411–420. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2015.03.006

Robson, K., Plangger, K., Kietzmann, J., McCarthy, I., & Pitt, L. (2014). Understanding Gamification of Consumer Experiences. Advances in Consumer Research, 42, 352–356.

Tondello, G. F., Mora, A., Marczewski, A. & Nacke, L. E. (2018). Empirical Validation of the Gamification User Types Hexad Scale in English and Spanish, International Journal of Human-Computer Studies, doi: https://doi.org/10.1016/j.ijhcs.2018.10.002.

Tondello, G.F., Wehbe, R.R., Diamond, L., Busch, M., Marczewski, A., Nacke, L.E., 2016. The Gamification User Types Hexad Scale, in: Proceedings of the 2016 Annual Symposium on Computer-Human Interaction in Play - CHI PLAY ‘16. ACM, Austin, TX, USA, pp. 229–243. doi:10.1145/2967934.2968082.

Werbach, K., & Hunter, D. (2012). For the Win. Philadelphia: Wharton Digital Press.

Yang, Y., Asaad, Y., & Dwivedi, Y. (2017). Examining the impact of gamification on intention of engagement and brand attitude in the marketing context. Computers in Human Behavior, 73 (Supplement C), 459–469. https://doi.org/10.1016/j.chb.2017.03.066

Zichermann, G. & Cunningham, C. (2011). Gamification by design: implementing game mechanisms in web and mobile apps. 1st. Edition. Sebastopol, California: O’Reilly Media.




Copyright (c) 2020 European Journal of Applied Business and Management

 

European Journal of Applied Business and Management

ISSN: 2183-5594

DOI: https://doi.org/10.58869/EJABM

Indexing:

EBSCO | CROSSREF | GOOGLE SCHOLAR | LATINDEX | DRJI | ICI JOURNALS MASTER | REDIB | MIAR